terça-feira, 20 de maio de 2014

A infiltração da seita mais perigosa na Igreja Católica para introduzir o liberalismo.



Descobre-se um motivo (livro Derradeiro Combate)

     Como sublinhámos na Introdução, o crime contra a Igreja e o Mundo que nos propusemos provar neste livro envolve «a tentativa sistemática, que vem já desde o ano de 1960, de abafar, apresentar erroneamente e negar a autenticidade dessa mensagem, embora as suas alarmantes profecias se estejam a concretizar mesmo diante dos nossos olhos.» 

     Mas por que razão homens que ocupam os mais altos cargos de autoridade na Igreja cometeriam um tal crime? Como observou Aristóteles, para se compreender uma acção deve-se procurar o motivo. É o que faremos neste capítulo. 

     Admitimos que é sempre difícil provar um motivo, porque não podemos ler a mente de uma pessoa, e muito menos avaliar o estado da sua alma. Ao concluirmos qual seria o motivo, podemos apenas - tal como membros de um júri num processo meramente civil - basear a nossa decisão nas acções exteriores do acusado, à luz das circunstâncias circunjacentes. 

Quando um júri conclui que um homem assassinou a mulher para obter o dinheiro do seguro, por exemplo, baseia-se quanto ao motivo numa inferência razoável a partir das circunstâncias circunjacentes. Seria de estranhar que um assassino, em tal caso, admitisse "Matei-a para receber o seguro". Pelo contrário, o motivo teria de ser inferido a partir de coisas como a compra recente, por parte do marido, de uma apólice de seguro de valor substancial para a mulher. 

     Ninguém pensaria acusar um júri de "juízo temerário" se inferisse a partir das circunstâncias que o marido, no nosso caso hipotético, tinha intenção de assassinar a mulher por causa do dinheiro. Da mesma maneira, pode deduzir-se um motivo no caso de Fátima a partir das circunstâncias; não é um "juízo temerário" chegar a uma conclusão razoável, quanto ao motivo, com base no que os próprios acusados disseram e fizeram. 

Além do mais, como iremos demonstrar, temos neste caso o equivalente a uma confissão sobre o motivo. Os acusados foram bastante explícitos sobre o que aprovam e o que tencionam fazer a respeito do crime de que tratamos. 

Uma nova e ruinosa orientação da Igreja 

     Tal como acusámos na Introdução, neste caso o motivo deriva do reconhecimento, por parte dos acusados, de que a Mensagem de Fátima, compreendida num sentido católico tradicional, não pode conciliar-se com decisões que eles têm vindo a tomar desde o Concílio Vaticano II para mudar toda a orientação da Igreja Católica. 

Ou seja, a Mensagem atrapalha os seus esforços para fazerem precisamente aquilo que o futuro Papa Pio XII previu, num momento de clarividência sobrenatural: transformar a Igreja numa instituição orientada para o Mundo. O actual escândalo devastador no seio do Clero católico não é senão um sintoma da ruinosa tentativa de "modernizar" a Igreja Católica. 

Ou, dito de outra maneira: o estado actual da Igreja Católica é o resultado da invasão, sem precedentes, da Igreja pelo liberalismo. Recordemos, mais uma vez, as palavras proféticas de Monsenhor Pacelli (o futuro Papa Pio XII), ditas à luz da Mensagem de Fátima: [1]

Consequências do liberalismo:


O estabelecimento da Comunhão na mão pelos Protestantes foi o modo que eles escolheram para mostrar a sua rejeição da crença na Presença Real de Cristo na Eucaristia e a rejeição do Sacerdócio Sacramental — em resumo, para mostrar a sua rejeição do Catolicismo no seu todo.

Daí por diante, a Comunhão na mão passou a ter um significado nitidamente anti-católico: prática abertamente anti-católica, tinha por base a descrença na Presença Real de Cristo e também no Ministério Sacerdotal. Portanto, como a imitação é a forma mais sincera de lisonjear, não será bom perguntar por que razão os nossos eclesiásticos modernos imitam os infiéis auto-proclamados, que rejeitam a doutrina sacramental básica do Catolicismo? Eis uma pergunta a que os eclesiásticos intoxicados pelo espírito liberal do Vaticano II ainda não responderam satisfatoriamente.
...

       Ainda há uns 35 anos, tal como nos séculos anteriores, a distribuição da Sagrada Comunhão por leigos durante a Missa era, com toda a justiça, considerada um acto impensável de sacrilégio e irreverência. Mas agora é vulgar haver leigos a distribuir o Santíssimo Sacramento em qualquer igreja paroquial da Novus Ordo, e a maior parte dos Católicos nem presta atenção a isso — o que prova que uma pessoa a tudo se habitua, até à profanação.

      Parece que nem se sabe de onde tais "ministros" vieram. Mas, de repente, lá estavam eles! E onde chegavam, era para ficar! Mas, pensando bem, também nós ficámos parados vendo desenvolver-se aos poucos, perante os nossos olhos, as raízes desta praga de mãos não consagradas, nomeadas por pastores para degradar a Eucaristia, usurpar o dever dos Ordenados, minar o Sacerdócio, e despojar o Altar de Deus dos seus sagrados direitos.

     É um facto que muitos Católicos desejavam fazer parte desta "elite de leigos" que distribuem a Sagrada Comunhão; mas também houve Católicos cujo senso comum se opôs inicialmente a esta prática, mas que lá se deixaram convencer por clérigos persuasivos. É que a maior táctica usada pelo clero moderno é recorrer à lisonja... Chegam junto dos bons Católicos e dizem-lhes: "É um bom paroquiano, Cristão exemplar, bom pai (ou mãe) de família, e por isso queremos dar-lhe a ‘honra’ de ser ministro da Eucaristia."


fonte: http://www.fatima.org/port/resources/cr74averdade.asp



[1]
     As mensagens da Santíssima Virgem a Lúcia de Fátima preocupam-me. Esta persistência de Maria sobre os perigos que ameaçam a Igreja é um aviso do Céu contra o suicídio de alterar a Fé na Sua liturgia, na Sua teologia e na Sua alma (...) Ouço à minha volta inovadores que querem desmantelar a Capela-Mor, destruir a chama universal da Igreja, rejeitar os Seus ornamentos e fazê-lA ter remorsos do Seu passado histórico. 
     Chegará um dia em que o Mundo civilizado negará o seu Deus, em que a Igreja duvidará como Pedro duvidou. Ela será tentada a acreditar que o homem se tornou Deus. Nas nossas igrejas, os Cristãos procurarão em vão a lamparina vermelha onde Deus os espera. Como Maria Madalena, chorando perante o túmulo vazio, perguntarão: "Para onde O levaram?"

Aqui: http://mdemisericordia.blogspot.com.br/2013/10/e-tempo-de-comecar-o-julgamento-na-casa.html

E aqui também  http://mdemisericordia.blogspot.com.br/2013/12/apostasia-profecias-mensagens-e-onde-eu.html




Nota para saber mais historicamente sobre a origem do liberalismo:

http://reconquistabr.blogspot.com.br/2007/01/o-liberalismo-manico.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário