segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ex-católico = judas.

Mas ainda dá tempo de se arrepender e voltar atrás.
Judas preferiu não voltar atrás...



Disse Judas Iscariotes: “Aquele a quem eu der um beijo, prendei-O!” (Mt 26, 48). O ódio e a paixão nada esquecem. Judas lembrou-se que Jesus tinha escapado aos que O quiseram apedrejar e aos que O queriam coroar. Quanto era para desejar que com igual zelo fizesse o bem!

A ingratidão e a infidelidade, como vermes, corroíam o coração daquele que foi chamado para ser um apóstolo santo de Cristo Jesus: “Chamou os doze... Estes são os nomes dos doze apóstolos... e Judas Iscariotes, aquele que o traiu” (Mt 10, 1-3). Judas recebeu até o Sacramento do Corpo e Sangue do Senhor.

Judas estava cego, o mesmo persistia na sua obstinação... continuou junto de todos conversando e comendo com Aquele que sabia da sua traição: “Em verdade, em verdade vos digo: um de vós me há de trair!” (Jo 13, 21).

Hoje, são milhares os católicos que imitam rigorosamente o apóstolo Judas Iscariotes; esses vivem cegos espiritualmente... são infiéis ao Mestre e se aproximam da Santíssima Eucaristia como cobras venenosas: “Se Jesus-Eucaristia cai por terra nas santas parcelas tantas vezes sem que ninguém disto se aperceba, quantas vezes não cai de dor ao ver o pecado mortal macular uma alma. E quão mais doloroso é ainda para Jesus cair num coração infantil que o recebe indignamente quando a ele se chega pela primeira vez. É cair num coração de gelo que o fogo do seu Amor não consegue fundir, num espírito orgulhoso e dissimulado que seu Poder não consegue tocar, num corpo humano que não passa dum túmulo cheio de podridão... Todos os dias – e quantas vezes por dia! – o Deus da Eucaristia cai pela Comunhão em corações covardes e tíbios, que o recebem sem preparo, guardam-no sem piedade, deixam-no ir sem um ato sequer de amor ou gratidão” (São Pedro Julião Eymard), e: 

“Seria inconveniente que a pureza da Eucaristia fosse recebida em uma mente e em um corpo impuros” (Santa Catarina de Sena).

Por que será que milhares de católicos recebem o Santíssimo Corpo do Senhor e vivem na tibieza? “Quem se aproximasse (da comunhão) em pecado mortal, nenhuma graça receberia, embora acolha em si o todo-Deus e todo-Homem. Sabes a que se assemelha a pessoa que comunga indignamente? Se assemelha a uma vela molhada na água que apenas faz barulho ao ser encostada ao fogo; e, se por acaso acende, logo se apaga, fazendo fumaça” (Idem.).

São milhares os católicos que foram batizados, crismados, fizeram a primeira comunhão... e vivem como Judas Iscariotes.
Judas disse: “Deus te salve, Mestre”, e O beijou. Eis o cúmulo da hipocrisia! Judas dá o “salve” a quem quer perder, abusando, pois, do sinal de amizade. Quantos católicos não se assemelham a Judas Iscariotes! Quantos até procedem de modo pior, como já foi comentado, recebendo Jesus Cristo num coração indigno!

O apóstolo Judas Iscariotes, fingindo-se amigo de Cristo Jesus, saudou-O: “Deus te salve, Mestre”. O Senhor deixou-se beijar.
Milhares de católicos fingem ser amigos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Esses dizem que amam o Senhor, que estão prontos a servi-Lo na alegria e nas dificuldades... mas quando são abordados pelos inimigos da Santa Igreja Católica, dão-Lhe o beijo da traição e abandonam a Santa Igreja. 

Quem abandona a Igreja Católica para seguir as seitas, deve ser chamado de Judas traidor.

Otto Hophan escreve: “O pecado do traidor chegou ao auge quando Judas atravessou a noite amena e alegre da Páscoa, docemente iluminada pela lua cheia, à frente de uma grande multidão, armada de espadas e varapaus (Mt 26, 47). Lucas observa que Judas os precedia (Lc 22, 47): a um apóstolo convertido em apóstata, tudo lhe parece pouco para demonstrar o seu novo ardor. Não percebia ele como era inacreditável a sua atitude? Realmente, há momentos no coração dos homens em que todas as luzes parecem extinguir-se. Levando ao limite o seu descaramento, Judas tinha-lhes dado este sinal: Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei-o e levai-o com cuidado. Logo que chegou, aproximando-se d’Ele, saudou-o dizendo-lhe: ‘Mestre!’ E beijou-o (Mc 14, 44 ss; Mt 26, 48 ss)”.

São milhões os que serviam a Cristo Jesus na Igreja Católica, e agora, encabeçam o exército de apóstatas para perseguir a Santa Igreja com calúnias e difamações. Quanta traição! Viveram muitos anos ao lado do Mestre, e agora O perseguem.
Católico, Jesus Cristo disse a Judas: “Amigo, a que vieste?” (Mt 26, 50). Nosso Senhor chama ao traidor ainda de amigo, dando-lhe a entender que perdoaria se se arrependesse. Não o trata de ingrato, como merecia.

Católico, Cristo não fez assim contigo? E tu? Cuidado para não abusar da misericórdia do Senhor que morreu na cruz para te salvar: “O Senhor é bom, mas também é justo. Não queiramos considerar unicamente uma das faces de Deus” (São Basílio Magno), e: “A clemência foi oferecida a quem teme a Deus e não a quem abusa dela” (Santo Afonso Maria de Ligório), e também: “Acautelai-vos quando o demônio (não Deus) vos promete a misericórdia divina com o fim de que pequeis” (São João Crisóstomo).
Disse-lhe o Senhor: “Judas, com um beijo entregas o Filho do homem?” (Lc 22, 48). É o último convite ao pecador para abandonar seu intento. Em vão! Judas não ouve o seu melhor amigo. 

A paixão o obceca...

Católico, Nosso Senhor te admoesta nas horas da tentação pela voz da consciência. Já foste um Judas? Quererás sê-lo no futuro?

Não vire as costas para o Senhor que cuida de ti. Ele fez o bem para Judas que O traiu; depois de ter recebido o beijo, mostrou-lhe carinho de amigo, chamando-o pelo nome, não censurando, mas perguntando-lhe com ternura: “Judas, com um beijo entregas o Filho do homem?”

O Senhor perdoa um pecador arrependido... mas não perdoa quem abusa de sua misericórdia: “Judas se condenou, porque se atreveu a pecar confiando na clemência de Jesus Cristo” (São João Crisóstomo).
                                 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis, 21 de maio de 2009

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